Será que a personalidade do
Psicólogo importa?
Muitas pessoas responderiam: "Claro que não, não serei amigo do meu Psicólogo!"
Contrariamente ao que a maioria pensa e talvez até o que
alguns Psicólogos dizem, na Psicologia de Jung (Psicologia Junguiana), é
infinitamente mais importante para o tratamento psíquico as duas personalidades
(tanto a do Psicólogo quanto a do paciente) do que aquilo que falamos – não que se possa menosprezar o que é dito, pois também é importante como um fator de perturbação ou cura.
Parece
complicado? Eu explico melhor: no encontro entre Psicoterapeuta e paciente, o
método (dialético) influencia bastante, pois, o Psicólogo Junguiano jamais vai
esquivar-se da influência do paciente sobre ele, jamais se esconderá atrás do
profissionalismo ou autoridade. Ali, será somente o encontro entre duas
pessoas, duas substâncias químicas, onde o Psicólogo mergulhará no mundo de seu
paciente e vice-versa, e ambos sairão transformados.
Jung
tem uma frase bem conhecida pelas redes sociais que expressam de outra forma o
que eu quero dizer: “Conheça todas as teorias,
domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma
humana.”
A dor do paciente, naquele momento, torna-se a nossa dor,
isso chama-se empatia, aquela capacidade de dar um passeio do lado de lá, onde
deixamos algo de nós e levamos algo dele.
Referência: JUNG, C.G. A Prática da Psicoterapia - Cap. V, p. 66-73, 1971.
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