quarta-feira, 14 de agosto de 2019


Será que a personalidade do Psicólogo importa?


            Muitas pessoas responderiam: "Claro que não, não serei amigo do meu Psicólogo!"

            Contrariamente ao que a maioria pensa e talvez até o que alguns Psicólogos dizem, na Psicologia de Jung (Psicologia Junguiana), é infinitamente mais importante para o tratamento psíquico as duas personalidades (tanto a do Psicólogo quanto a do paciente) do que aquilo que falamos – não que se possa menosprezar o que é dito, pois também é importante como um fator de perturbação ou cura.

Parece complicado? Eu explico melhor: no encontro entre Psicoterapeuta e paciente, o método (dialético) influencia bastante, pois, o Psicólogo Junguiano jamais vai esquivar-se da influência do paciente sobre ele, jamais se esconderá atrás do profissionalismo ou autoridade. Ali, será somente o encontro entre duas pessoas, duas substâncias químicas, onde o Psicólogo mergulhará no mundo de seu paciente e vice-versa, e ambos sairão transformados.

Jung tem uma frase bem conhecida pelas redes sociais que expressam de outra forma o que eu quero dizer: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”


            A dor do paciente, naquele momento, torna-se a nossa dor, isso chama-se empatia, aquela capacidade de dar um passeio do lado de lá, onde deixamos algo de nós e levamos algo dele. 







Referência: JUNG, C.G. A Prática da Psicoterapia - Cap. V, p. 66-73, 1971.

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